Prisão dos Sindicalistas: TÉCNICOS DE SAÚDE DE BAFATÁ AMEAÇAM SUSPENDER O SERVIÇO MÍNIMO
O colectivo dos técnicos de saúde da cidade de Bafatá saiu às ruas exigindo a libertação dos sindicalistas presos esta manhã, depois de serem ouvidos no Ministério Público.
A manifestação foi feita sem grandes incidentes embora havia policiais colocados nos arredores dos hospitais. Os técnicos estavam vestidos batas e uniformes e ameaçam suspender os serviços mínimos caso os colegas não forem libertados imediatamente.
Durante a manifestação, a Rádio Sol Mansi falou com um dos técnicos qe não quis o seu nome revelado, mas avança que a todo o custo vão solidarizar com os técnicos de saúde detidos neste momento nas celas da Polícia Judiciária em Bissau.
No entanto, durante a manifestação a RSM pude constatar a presença do deputado da nação daquela zona, Adulai Baldé, que tentou conversar com os técnicos da saúde no sentido de cancelarem a manifestação que depois acabou por concretizar.
Depois de saberem da prisão dos seus colegas sindicalistas, os técnicos mandaram para a casa os pacientes com quadro clinico menos grave e os em situação de risco continuam a ser atendidos.
UNTG considera de ilegal a prisão dos sindicalistas
Entretanto, esta tarde, em conferência de imprensa, o coletivo dos advogados da UNTG considera de ilegal a detenção dos sindicalistas do sector de saúde por isso admite entrar com habeas corpus para exigir a libertação dos seus constituintes.
De acordo com Marcelino N´tupi, a prisão do presidente do Sindicato Nacional dos Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins (SINETSA), Yoio João Correia e do antigo presidente, João Domingos da Silva, está fora da lei.
Na mesma senda, Fidélis Mendonça, também membro da assistência jurídica da central sindical, considera que o Ministério Público não tem legitimidade para abrir o processo contra os sindicalistas por isso afirma que é um encomenda e abuso.
Os dois líderes sindicais de sector de saúde estão detidos após uma audição no Ministério Público acusados de crimes de omissão e auxílio.
As detenções vêm na sequência da adesão massiva da greve da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), verificada no passado mês de Setembro, e que afectou o sector da saúde.
Recorda-se que o Procurador da República disse recentemente que “caia chuva ou pedra” os responsáveis da adesão massiva da paralisação. Dias depois, o Presidente da República criticou a paralisação dos trabalhadores da saúde e garantiu que haverá consequências para os responsáveis.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi / Iaia Quadé
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