Direitos Humanos: LIGA GUINEENSE DOS DIREITOS HUMANOS ACUSA MINISTÉRIO DO INTERIOR DE TRANSFORMAR NUM SANTUÁRIO DE IMPUNIDADE
O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) acusa o Ministério do Interior e da Ordem Pública de transformar-se num santuário de “ilegalidade” e de “impunidade”.
O líder da organização defensora dos direitos humanos da Guiné-Bissau fez essas acusações horas depois de o antigo ministro das finanças Suleimane Seidi ter sido sequestrado nesta quarta-feira (02 de outubro de 2024) em Bissau. Bubacar Turé, considera que o ministério do interior tem transformado numa instituições de represália aos cidadãos em benefícios do atual regime que apelidou de “ditador”, instalado no país.
“O ministério do interior tem habituado os guineenses como um santuário de ilegalidade e de impunidade, como um instrumento de repressão e de perseguição de adversários políticos com vozes discorrdantes”, classificou o ativista numa conferência de imprensa que juntou igualmente os familiares do ministro detido nas celas de 2ª Esquadra em Bissau.
A detenção de Suleimane Seide ocorreu horas depois do líder do parlamento Domingos Simões Pereira ter denunciado que três dos seis bilhões de francos foram pagos a um conselheiro próximo do presidente da república.
Em conferência de imprensa, o presidente da liga guineense dos direitos humanos, considera que não há motivos legais para justificar a detenção de Suleimane Seide. Bubacar Turé, acredita que esta detenção considerada de “ilegal” é uma perseguição política contra os adversários políticos do presidente da república.
“O ministro das finanças e o secretário do estado do tesouro estão em liberdade sob ordens do despacho de um juiz em pleno exercício das suas funções ou seja o juiz concluiu que não havia motivo devido a fase em que se encontra o processo e todos os prazo legais esgotados”, afirmou Turé que volta a exigir a imediata libertação do ministro.
O Ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seide, e o Secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram detidos em 30 novembro de 2023, pelo Ministério Público, após cerca de seis horas de audição sobre o caso do pagamento de 6 bilhões de francos cfa, em dívida, a um grupo de empresários, através de um dos bancos comerciais do país.
O ex-ministro das Finanças Suleimane Seide e o ex-secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro saíram das celas da Polícia Judiciária, e mediante a uma medida de coação e de caução monetária fixada pelo juiz de Instrução Criminal.
Por: Ussumane Mané
- Created on .

