SITUAÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA CHOCANTE NA GUINÉ-BISSAU

Celebra-se, esta terça-feira (29 de Maio), dia mundial da energia. A data foi criada para motivar uma conscientização civil e política sobre a importância da poupança de energia e o incentivo ao uso de energias renováveis

Na Guiné-Bissau a data celebra-se numa altura em que a situação da energia é gritante no que diz respeito ao seu funcionamento tanto na capital Bissau assim como nas regiões.

A capital Bissau - no final de Abril – passam-se dias em apagão, suscitando reivindicações e críticas por parte dos consumidores, facto considerado de crime e roubo pela Associação de Defesa dos Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES) por parte da Empresa de Electricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB).

Entretanto, no mês de Abril último, perante a crítica do fraco fornecimento da luz e água na cidade de Bissau, o director-geral da EAGB, René de Barros, pediu desculpas aos consumidores pelos transtornos causados pela falta de fornecimento de energia na altura afirmando que a situação é difícil, mas estão a evidenciar o esforço para encontrar a solução que até agora continua longe de ser uma realidade.

Nas regiões as população não sabem se existe a empresa estatal que fornece energia eléctrica porque trabalha só na capital Bissau. Numa ronda feita pela Rádio Sol Mansi (RSM) alusiva ao dia, nas localidades de Cacheu – norte do país, em Canchungo – também norte, na leste do país, concretamente em Bafatá e Gabú, em Farim – norte e em Bolama– zona insular, a situação é a mesma. Algumas ruas são iluminadas pelo posto solar e as casas por vezes iluminadas através das empresas privadas que cobram valores excessivos às pessoas.

Por exemplo, em Bafatá, a cidade ficou mais de 6 dias sem luz eléctrica.

No país o governo não realizou nenhum acto oficial alusivo a comemoração do dia, embora, nesta data, em todo o mundo, são organizadas dezenas de actividades de conscientização.

O Dia Mundial da Energia surgiu a partir de uma iniciativa da Direcção Geral de Energia de Portugal, em 1981.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga