ONU PRONTA PARA TOMAR "MEDIDAS NECESSÁRIAS" PARA RESPONDER A PIORA DA SITUAÇÃO POLÍTICA GUINEENSE

Os integrantes do Conselho de Segurança da ONU expressaram, ontem, domingo, sua "grave preocupação" em relação ao impasse político na Guiné-Bissau e dizem estar prontos para tomar as “medidas necessárias” para responder a uma piora da situação no país”

Em nota, o conselho insta os atores nacionais a cumprirem a Constituição e o estado de direito enquanto tentam encontrar uma solução política para a crise através do diálogo.

Na nota deste domingo, o órgão instou as forças de segurança da Guiné-Bissau a "manterem sua não-interferência na situação política" e "manterem o respeito pelo controle civil".

Os integrantes do Conselho de Segurança destacaram a “necessidade urgente de garantir um governo funcional e saudaram o diálogo em curso” entre atores nacionais, incluindo o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC, e o Partido da Renovação Social, PRS.

Na nota, a ONU também cita o desafio de "combater o tráfico de drogas ilícitas e crime organizado" e instou "o envolvimento positivo das autoridades da Guiné-Bissau e o apoio de doadores internacionais neste sentido".

O órgão reiterou ainda seu compromisso em continuar a monitorar a actual crise política e diz estar pronto para tomar as “medidas necessárias” para responder a uma piora da situação no país”.

Eles também convidaram doadores a cumprir as promessas feitas mesa redonda de Bruxelas, realizada em Março de 2015, "tendo em mente o impacto do impasse político na implementação destes compromissos".

No entanto, na mesma nota, o Conselho lembra a decisão tomada na 49ª Conferência de Chefes de Estado e Governo da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental, CEDEAO, realizada a 4 de Junho em Dacar, no Senegal. No encontro, foi designada uma delegação presidencial formada pelos chefes de Estado da Guiné-Conacri, Senegal e Serra Leoa. O Conselho reiterou seu apoio e destacou a urgência do envio da missão.

O órgão saudou as acções conjuntas de parceiros internacionais, respectivamente a ONU, a União Africana, a CEDEAO, a União Europeia e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, CPLP.

Os integrantes do Conselho de Segurança encorajaram ainda a CEDEAO e a CPLP a tomarem as "medidas necessárias organizando um encontro do Grupo Internacional de Contacto sobre a Guiné-Bissau, em consultas com todos as partes interessadas".

Entretanto, na semana passada, o representante especial do secretário-geral da ONU e chefe do Escritório Integrado da ONU na Guiné-Bissau, UNIOGBIS, Modibo Touré, falou ao Conselho sobre a situação no país.

Ainda continua o impasse político na Guiné-Bissau e as partes não se entendem. O parlamente promoveu vários encontros com as partes desavindas para estudar a estratégia para a saída da crise política mas também sem sucesso. o PAIGC e o PRS também têm mantido encontros para o mesmo fim.

Esta segunda-feira o presidente da República deve manter encontros com o presidente da ANP.

Lembramos que o impasse político continua na ANP que ainda não conseguiu marcar uma data para a apresentação, discussão e posterior aprovação do programa de governo liderado por Baciro Djá. Na semana passada o presidente da república garante que enquanto assumir as suas funções nunca irá dissolver o parlamento.

 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos

Fonte e Imagem: Rádio ONU

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