“NENHUM GOVERNANTE ESTÁ NO PODER PARA SEMPRE” – disse Primeiro-Ministro
O Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, disse que não se sente ameaçado com a sua função.
Nuno Nabiam respondia as questões colocadas pela Rádio Sol Mansi se sentia-se ameaçado com o derrube do governo depois de ser ignorado pelo presidente da República diante de multidão que assistia a celebração do dia das forças armadas e da independência.
Nuno disse que poderá existir desavenças no ponto de vista com o Presidente Embaló e, no entanto, enfatiza que nenhum governante está no poder para permanecer.
“No Estado estamos para servir. Todos estamos tranquilos. Com o Presidente da República a relação é normal e pode existir divergências do ponto de vista mas acho que isso é uma conjuntura”, sustenta.
Amanhã o Presidente da República reúne o conselho de Estado num momento em que se fala da queda do governo perante a especulação do mal-estar entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro.
Na mesma declaração à imprensa, Nuno Gomes Nabiam afirma que as sucessivas crises políticas tem contribuído de que maneira no atraso do desenvolvimento do país em relação aos vizinhos da sub-região.
“Temos consciência disse e estamos a trabalhar para que haja um desenvolvimento sustentável”, promete.
A Guiné-Bissau ainda continua a espera do relatório das investigações em curso sobre a polémica no estacionamento de um avião no aeroporto internacional “Osvaldo Vieira”.
Instado a falar sobre isso, o Primeiro-Ministro disse que diligências estão a ser tomadas para que as instituições do Estado sejam dignificadas.
“Os trabalhos decorrem os trâmites legais e todos queremos sair de cabeça erguida neste processo que abala o país inteiro”
Hoje, a Procuradoria-Geral da República afirma que o avião estacionado no aeroporto internacional “Osvaldo Vieira” não tem alguma ligação com o atual processo de tráfico de droga na operação desencadeada pela Polícia Judiciária.
No fim-de-semana o presidente da República disse que o caso está a ser usado para desviar atenção das pessoas.
Ontem, o governo mandou abrir uma investigação para apurar a responsabilidade do caso.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá
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