GUINÉ-BISSAU SUPORTA MAIOR PARTE DO ORÇAMENTO DA SUA PRÓPRIA ELEIÇÃO
Pela primeira vez a Guiné-Bissau vai financiar maior parte do orçamento da sua própria eleição graças aos fundos angariados na taxa do imposto da democracia.
O anúncio do governo da Guiné-Bissau depois de um encontro, hoje, entre o ministro da Administração Territorial e a delegação da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau.
Falando à imprensa, hoje, o ministro da Administração Territorial, Fernando Dias, informa que o governo vai cumprir com os princípios da legalidade para que o processo eleitoral comece em Março do ano presente.
“O governo estará disponível para começar o processo no mês de Março. (…) A partir deste período que o governo vai financiar o seu processo eleitoral, não obstante o montante poderá não ser suficiente para todo o processo, mas pelo menos temos uma iniciativa para demostrar a soberania do nosso país e demostrar que somos um Estado e temos que ser responsáveis em relação aos processos ligados ao nosso interesse nacional”, explica.
O ministro disse que o país deverá proceder a atualização dos cadernos eleitorais, mas que poderá ser mudado caso os decisores entenderem que é necessário um recenseamento de raiz devido a falta de confiança nos bancos de dados.
O ministro disse que isso irá mudar a polémica verificada a volta da última eleição onde uma grande parte dos guineenses ficou de fora, porque não foi inscrito no recenseamento.
Fernando Dias informa ainda que o processo eleitoral está em curso, embora as dificuldades presentadas pela Comissão Nacional das Eleições, e informa que existem projetos elaborados que agora aguardam a validação no Conselho de ministros.
“Temos em mãos projeto de Orçamento apresentado pelo gabinete do Primeiro-Ministro que consequentemente vai der discutido ao nível do conselho de ministros para o efeito da adoção”, garante.
As próximas eleições legislativas devem acontecer em 2023 e presidenciais em 2024. Um dos obstáculos continua a ser o mecanismo de impressão dos cartões de eleitores sendo que a lei determina que a imprensa tem que ser local.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Diana Vaz
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