MINISTÉRIO DO INTERIOR PROÍBE MANIFESTAÇÕES E COMÍCIO EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL

O Ministério do Interior e da Ordem Pública anunciou hoje a proibição de todos os atos de manifestação pública em todo o território nacional.

A medida foi expressa numa comunicação à imprensa, pelo Comissário Nacional da Polícia da Ordem Pública (POP), Salvador Soares, na sequência da pretensão da Plataforma da Aliança Inclusiva PAI Terra-Ranka, vencedor das últimas legislativas e um grupo denominado Movimento de Cidadão Decepcionado, em realizar a marcha contra a dissolução do parlamento e de caso de 6 bilhões de franco.

“O Ministério do Interior e da Ordem Pública, através do Comissariado Nacional da Polícia da Ordem Pública entende que não estão reunidas as condições do ponto de vista da segurança para a realização de qualquer evento público, desta natureza (marchas e comícios)”, anuncia.

“A partir de agora é proibido todos os atos de manifestação pública que põem em causa a ordem, a tranquilidade e a segurança pública do povo guineense em todo território nacional”, diz alertando toda a população em geral a abster-se de atos de violência e de vandalismo que podem pôr em causa a paz social e instrui as forças de ordem no sentido de observar escrupulosamente a lei no exercício das suas atribuições.

Segundo o responsável, o país está a ser confrontado neste momento com uso e disparo de armas de fogo nos diferentes bairros da capital por pessoas não identificadas.

“O país neste momento está a ser confrontado com uso e disparo de armas de fogo nos diferentes bairros de Bissau por pessoas não identificadas, porém, estando em curso neste momento os trabalhos de recuperação das armas e de averiguação dos contornos dos referidos atos e tradução dos autores morais e materiais à justiça, que ainda não foi concluído”, explicou.

Questionado para quando o fim desta medida, Salvador Soares, afirma que a medida só será levantada se a situação estiver sob controle.

“(..) Entendemos que não é momento de agrupar pessoas nas ruas para questão das marchas e comícios até que conseguimos ter controlo da situação”  

Na semana passada, a coligação vencedora das últimas eleições legislativas de 4 de junho, assumiu a organização de uma marcha de protesto à dissolução do parlamento e consequentemente a queda do governo. A marcha ficou marcada com o lançamento de gás lacrimogêneo contra os marchantes, inclusive os que estavam frente a sede das Nações Unidas.

No comunicado da proibição de qualquer tipo de manifestação a nível do território nacional, o Comissário Nacional da POP informa que a medida é do conhecimento dos parceiros internacionais acreditados no país nomeadamente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Económica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA), a União Africana, as Nações Unidas, a União Europeia e a Sociedade Civil.

Por: Braima Sigá / Nivaldina Neves Cá

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