SINJOTECS DIZ QUE MISÉRIA INVADE A CLASSE JORNALÍSTICA
O Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS) afirma que a classe jornalística está a ser forçada a viver numa precariedade total.
A afirmação é da sua presidente Indira Correia Baldé, proferida esta quinta-feira, durante as celebrações do 18º Aniversário da Organização, na qual aproveitou para pedir os esforços de toda a classe face à situação de precariedade a que se assiste.
“A classe jornalística é uma classe com um rendimento muito precária pelos trabalhos que faz, precariedade tomou conta do nosso setor, mas somos forçados a viver nessa situação, porque quando o Estado não considera que é um setor chave como os outros, então os seus pessoais é que devem levantar para fazer valer os seus direitos, temos um Estatuto da Carreira Jornalística no ministério da Comunicação Social que até hoje não foi encaminhado para a presidência a fim de ser promulgado e as pessoas da imprensa continuam indo a reforma com salários miseráveis o que acaba os matando lentamente”, lamenta.
Indira Baldé diz ainda que é chegado a hora de dizer basta, aos maus tratos contra os homens da imprensa, que considera de educadora da sociedade.
“ Convidamos as autoridades a pensarem no que estão a fazer com essa classe, porque sem a imprensa não vão nenhum sitio e as suas vozes não são ouvidos, mas tudo acontece porque nós é que admitimos tudo, porém é hora de dizer basta, aos maus tratos”, frisou
A presidente do SINJOTECS assegura que o 18º ano da organização sindical por ela dirigida, será um ano da sua reafirmação no seu todo.
“Estes 18 anos, será um ano da reafirmação dos nossos compromissos na luta pela liberdade de imprensa, da expressão e das melhores condições de vida, merecemos porque todos os dias fazemos as obras, lutaremos para que este ano a Carteira Profissional seja aprovado e promulgado faremos barrulhos onde todo o mundo vai sentir”, conclui.
Para o vice-Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos não se pode falar dos direitos humanos ou do desenvolvimento pondo de lado os homens da informação, no entanto diz esperar que os 18 anos já vividos vão fortalecer ainda mais, a maturidade da classe jornalística guineense.
Na mesma cerimónia, foram homenageados algumas personalidades e instituições que deram os seus contributos significativos pela promoção do sindicato e pela Guiné-Bissau.
Por: Diana Bacurim