“QUE ARRANJEM UMA FORMA DE NOS TIRAR DAQUI”, aclamam guineenses na Ucrânia
Os cidadãos da Guiné-Bissau residentes na Ucrânia pedem a intervenção das autoridades guineenses, porque correm risco de vida e estão sem alguma proteção diplomática.
O pedido de uma das residentes guineenses na Ucrânia, Margarida Rodrigues que vive com filhos há anos naquele país que em guerra com a Rússia e, informa que durante esta manhã a cidade onde reside estava a ser fortemente atacada com bombardeamentos Russos.
Por isso, em nome dos guineenses, disse que é urgente que o Estado proceda a retirada dos seus cidadãos porque a situação é tensa e as suas vidas estão em risco.
“Estamos na fronteira com a Rússia e todos os dias são bombardeios fortes, até o chão treme. Estamos aqui com crianças na mão. Não podemos aguentar isso e quero que nos ajudem. Que arranjem uma forma para sairmos deste país”, pede a guineense.
Até então, não houve nenhum pronunciamento oficial do Estado da Guiné-Bissau sobre os guineenses residentes na Ucrânia e, num momento em que alguns países, incluindo lusófonos, estão a retirar os seus cidadãos na Ucrânia sendo que os bombardeamentos foram intensificados.
Hoje (01 de Março), o presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, anunciou que a Guiné-Bissau esta déspota a participar no processo de mediação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
PRESIDENTE GUINEENSE LAMENTA MORTES
O presidente Embalo respondia as questões colocadas pela Radio Sol Mansi, à margem da cerimónia de posse de algumas chefias militares. Embalo diz ainda que o país assume a mesma posição da União Africana em convidar as partes a pautarem pelo diálogo, tendo lamentado a perda de vidas humanas durante os seis dias consecutivos do conflito.
“Enquanto Estado, falei com todos os líderes e incluindo Russos de que a Guiné-Bissau está disponível em mediar o conflito existente com a Ucrânia. Não existe país pequeno”, sustenta o presidente da Guiné-Bissau.
Convidado para analisar a declaração do chefe de estado guineense sobre a guerra na Ucrânia, o politólogo guineense diz que é o esperado da parte dos guineenses de não inserirem nos assuntos que ultrapassa a capacidade e o poder de influência da Guiné-Bissau.
Na semana passada, os embaixadores de Estados-membros da União Europeia representados na Guiné-Bissau tinham pedido ao Presidente Embalo para se associar à organização na condenação da invasão da Rússia à Ucrânia.
A Ucrânia que está a proceder às evacuações, e, ontem, a União Africana diz ser "chocantemente racista" que cidadãos africanos sejam impedidos de fugir do conflito na Ucrânia.
Desde o ataque da Rússia á Ucrânia fontes oficiais relatam quase 400 mortos entre civis e crianças e milhares de refugiados. A guerra entre os dois países cria incidentes sentidos ao nível internacional e condenada por quase toda a comunidade internacional.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
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