GUINEENSES TEMEM VOLTAR À VIDA SOCIAL E PEDEM ESCLARECIMENTO SOBRE “TENTATIVA DO GOLPE DE ESTADO”
A população da Guiné-Bissau continua em pânico e reticentes em relação as suas seguranças, apesar das autoridades terem garantido o controlo total sobre tentativa de golpe de Estado, ocorrido, ontem, na Guiné-Bissau.
Horas depois do ocorrido, a Rádio Sol Mansi (RSM) saiu às ruas de Bissau para se inteirar de como os guineenses enfrentam este mais um novo dia e para se inteirar também do funcionamento das instituições públicas e privadas de Bissau.
A nossa reportagem verificou que o ministério das Finanças, das pescas assim como ministério da saúde estavam completamente desertos, mas era notável a presença das forças da Polícia de Intervenção Rápida que carregavam armas de fogo.
Relativamente às instituições universitárias, a RSM visitou a Faculdade de Direito de Bissau e a maioria das universidades da capital e confirma que todas estão de portas fechadas. As escolas primárias, jardins, ciclos e liceus também não funcionaram durante todo o dia de hoje.
Nos mercados de Bissau, apenas alguns cacifos e armazéns funcionaram porque as pessoas estão com receio de sair às ruas.
As motivações nas paragens estão controladas, no período da tarde, ao contrário de ontem onde muitas pessoas preferiram sair de Bissau refugiando-se no interior do país, porque temiam pelo pior.
Ouvidos pela RSM, a população guineense condena o ato e querem a responsabilização dos seus autores morais e matérias.
“Não queremos mais derramamento do sangue porque somos nós os guineenses que pagam por isso. Esta situação afeta a camada juvenil e os empresários vão fugir do país”, disse um homem.
Um outro homem ouvido por nós disse que esta situação traz mais obstáculos para o país, porque começamos em estaca zero.
“Já estávamos a seguir o caminho do desenvolvimento. Queremos que sejam traduzidos estas pessoas à justiça. Esta situação criou pânico à população e isso não nos leva a lado algum”, lamentam os guineenses.
“As nossas autoridades têm que ter juízo e que pensem sempre nos jovens e crianças, porque esta situação não nos ajuda em nada”, disseram mais dois jovens ouvido pela RSM.
Um dia depois do terror vivido em Bissau, o centro de cidade está totalmente deserta e apenas circulam as viaturas dos polícias e militares.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
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