GUINEENSES DESESPERADOS COM SUBIDA GALOPANTE DE PREÇO DOS PRODUTOS
Os Comerciantes, consumidores e vendedeiras de comidas no país estão desesperados com a subida de preço dos produtos da primeira necessidade no mercado do país. Quase todos os produtos tiveram a inflação no mercado, incluindo açúcar e óleo alimentar.
A aflição destas pessoas foram registadas numa ronda que a Radio Sol Mansi (RSM) fez para auscultar os comerciantes e consumidores para constatar a subida de preço dos produtos da primeira necessidade.
Diante desta situação, os comerciantes ameaçam parar de vender açúcar e óleo alimentar, as vendedeiras dos produtos fritos ameaçam suspender toda a venda no país.
“Um bidão de óleo de 20 litros agora custa 24 mil e, nesta condição vou suspender a venda a retalho. Um litro de óleo alimentar que custava mil francos agora custa mais de dois mil”, disseram os guineenses ouvidos pela RSM.
“No mercado já não existe açúcar. Neste momento um quilo de açúcar custa que custava 400 francos agora custa até 700 francos cfa. Um saco de açúcar agora custa mais de 30 mil francos cfa”, disseram outras pessoas ouvidas e, que estavam nos mercados.
Não obstante, outros comerciantes ouvidos pela RSM disseram que vão continuar a vender os produtos da primeira-necessidade mas, de acordo com o preço estipulado pelos grandes comerciantes.
As pessoas entrevistadas pela RSM foram unânimes em pedir o governo para baixar o preço dos produtos para que o povo possa sobreviver.
“Que nos ajudem, que mandem importar os produtos que faltam no mercado. Sabemos que existe inflação dos preços ao nível mundial, mas aqui na Guiné-Bissau o preço foi aumentado de uma forma exagerada”, pedem os consumidores e comerciantes guineenses.
A RSM deslocou-se até ao mercado de Bairro Militar e constatou que vários comerciantes suspenderam a venda do açúcar e óleo alimentar. Alguns cacifos tiveram estes produtos, mas em preços altos e em quantidade mais reduzida.
O certo é que, nos mercados existem escassez de muitos produtos como açúcar, sabão, óleo alimentar, alho e cebola. Neste momento, fontes contaram á RSM que, nestes dias, o país poderá enfrentar a subida do preço dos combustíveis e gás butano.
DIA DO CONSUMIDOR
No entanto, hoje, o mundo celebra, hoje, 15 de Março, o dia mundial de consumidores. No país esta data é comemorada num momento em que o direito do consumidor não é respeitado pelas autoridades e nem exercido por uma grande maioria da população
Esta data celebra-se, hoje, na Guiné-Bissau, numa altura em que os produtos da primeira necessidade para o consumo humano tornam-se cada dia mais caros e sem qualidades exigidas por autoridades da saúde pública. Nos mercados são tantos os produtos fora de prazo vendidos no relento e até nos olhos de quem tem a responsabilidade do controlo.
Para entender melhor sobre a importância desta dará, a RSM saiu as ruas e registou a opiniões de cidadãos que reclamam o maior controlo e na certificação de produtos de qualidade no país.
No entanto, no que diz respeito ao controlo e diversificação dos produtos, os entrevistados pela RSM apelam os cidadãos a ter maiores cuidados nos produtos consumidos.
Sobre os produtos que muitas das vezes são vendidos fora de prazo ou com pouca qualidade do consumo, a Diretora-Adjunta da Polícia Judiciária, Cornélia Vieira Té, aproveito ou microfones da RSM apelando a colaboração de população nas denúncias a fim de desencorajar práticas de vendas de produtos fora de prazo no país.
Ainda sobe a data, a RSM tentou gravar uma entrevista com a Associação Nacional de Consumidores de Bens e Serviços da Guiné-Bissau (ACOBES) mas, sem sucesso.
Já em nota, a organização que zela pela defesa dos consumidores lembra que o tema deste ano é “promover juntos a justiça no consumo”, que consiste também em implementação rigorosa das disposições legais de concretizando uma justiça mais garantida do consumo e o desenvolvimento do consumo verde e de baixo carbono, concretizando uma justiça sustentável do consumo.
O Dia mundial do Consumidor foi criado para proteger e lembrar sempre dos direitos do consumidor, não apenas entre as pessoas que consomem, mas que também as empresas e lojas lembrem do compromisso de respeitar todas as leis que protegem os seus consumidores.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
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