“É PRECISO QUE OS GUINEENSES ENTREM EM CONTENÇÃO PORQUE JÁ ESTAMOS A ENTRAR NUM MOMENTO MUITO CRITICO” – economista

O economista guineense, José Nico Djú, alerta os guineenses para começarem a contenção tendo em conta o aumento de preço dos produtos nos mercados internacionais na sequência da guerra entre Rússia e Ucrânia. Os próximos tempos poderá ser difícil tendo em conta o aumento de preço do gás e dos produtos da primeira necessidade.

Nico adverte que o mercado nacional corre risco de, nos próximos tempos, sofrer com a inflação dos preços e, portanto, o país poderá entrar num momento de “salva-se quem puder”.

O economista fez a chamada de atenção durante a sua intervenção no programa de debate semanal da Rádio Sol Mansi “Tchintchor na Ronda” cujo tema e ponto de vista este sábado foi o conflito entre Rússia e Ucrânia, o seu impacto no plano económico a nível internacional e sub-regional, e atuação dos médias perante o conflito.

José Nico Djú, economista e comentador da Rádio Sol Mansi (RSM), disse ainda que no decorrer da guerra entre Rússia e Ucrânia faz com que o mundo enfrente situações complicadas com a oscilação do preço de gás e do petróleo. Esta situação já está a sentido na Guiné-Bissau.

“É preciso que todos os guineenses comecem a entrar em contenção e, que saibam que estamos num momento muito critico onde já temos uma declaração [do Primeiro-ministro] que o país poderá aguentar por 45 dias (…), significa que o resto do dia será de salva-se quem puder”, disse o economista.

"Mundo está em risco"

Também um outro participante no debate foi o politólogo, Rui Jorge Semedo. Para ele, a situação da Covd-19 e da guerra é uma chamada de atenção para um “engajamento sério” dos Estados africanos, em particular da Guiné-Bissau, na construção do bem-estar dos seus cidadãos.

No plano mundial, Semedo defende que o cumprimento das leis é fundamental para a construção da paz e de segurança a nível mundial.

“Enquanto as pessoas não assumirem esta situação como um elemento fundamental, o mundo estará em risco: (…) Qualquer endurecimento desta situação não sabemos o que poderá acontecer mas, não será bom para o mundo”, adverte.

"Tudo o que aprendemos no jornalismo está em causa"

Ao nível da imprensa mundial, houve vários relatos explicando o desenvolvimento deste conflito que já está a afetar a economia mundial. O comunicólogo e igualmente Bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau alerta que a atuação da imprensa na guerra entre Rússia e Ucrânia põe em causa “todos” os conhecimentos e princípios do jornalismo Mundial.

Para o bastonário os órgãos de comunicação social tiveram “uma grande desvantagem” perante esta guerra, como em qualquer outra, devido a falta de acesso a fontes de informação e, “isso teria motivado a sua manipulação para transformar uma pessoa num inimigo comum”.

“O que assistimos perante a Guerra da Ucrânia demonstra que tudo o que aprendemos no jornalismo está em causa. E, está em causa sobretudo o acesso a fonte de informação”, lamenta o bastonário.

A situação da guerra entre Rússia e Ucrânia já começou a impactar nos mercados internacionais inclusive os africanos com subida de preços de alguns produtos. A Guiné-Bissau, segundo informações, já regista o aumento de preço do combustível, do gás e da maioria dos produtos da primeira necessidade.

 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos

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