Crise Política: LÍDER DO PAIGC APONTA DEDO ACUSADOR AO GENERAL DAS FORÇAS ARMADAS

O líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) acusa o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas de ser o principal responsável pelo atual cenário político na Guiné-Bissau

Numa conferência de imprensa realizada, hoje, na sede nacional do partido, em Bissau, assistida por centenas de militantes e apoiantes, Domingos Simões Pereira diz que chegou a essa conclusão porque “todo o abuso do poder está a se concretizar graça ao apoio e assistência dos militares ao atual regime”.

Simões Pereira afirma que a sua vida está em perigo assim como das pessoas ao seu redor, por isso informou a comunidade internacional de que, qualquer incidente contra ele ou pessoas próximas, será da responsabilidade do presidente, Umaro Sissoco Embaló, e do General das Forças Armadas, Biaguê Na Ntam.

“ Toda essa situação onde as nossas leis e ordenamentos jurídicos estão substituídos por aquilo que chamam de ordem superior, está a ser possível com o apoio e a cobertura dos militares. Até aqui, focalizamos sempre no simples aspiração ditatorial de Umaro Sissoco Embaló, uma situação que podíamos enfrentar, utilizando os instrumentos políticos e o principal responsável por esta situação, é um homem que decidiu enveredar por um outro caminho que se tem traduzido numa oposição ferrenha contra o nosso o partido sem entendermos qual a razão para esta posição me refiro ao actual chefe de estado-maior das forças armadas, Biaguê Nantan”, acusou o líder do PAIGC.

Por outro lado, sublinhou que “ temos que chamar do chefe de estado-maior porque pode estar a ser utilizado e amanhã é quem terá que responder por tudo o que está a acontecer. Sinto que a minha vida está em risco assim como de várias pessoas ao meu redor, por isso, fiz questão de levar isso ao conhecimento da comunidade internacional não para pedir qualquer protecção, mas para os responsabilizar- a começar pelo Secretário-geral das nações Unidas, pelo presidente em exercício da CEDEAO e a CPLP- todos estão avisado de se algo me acontecer ou aos meus camaradas, terão de responsabilizar Umaru Sissoco Embaló, mas também têm de questionar ao chefe do estado-maior do que aconteceu, pois serão os principais responsáveis”.

Entretanto, questionado sobre o pedido de levantamento da imunidade parlamentar por parte do Ministério Público, Domingos Simões Pereira, afirma que está absolutamente à disposição da justiça para clarificar qualquer situação necessária, mas avisa que não pode prescindir dos direitos e liberdade que lhe assiste.

Na segunda-feira, Ministério Público enviou um despacho à Assembleia Nacional Popular no qual determina a imposição de medida de coação de permanência no território a Domingos Simões Pereira, por o parlamento estar a demorar a responder ao pedido de levantamento de imunidade.

Por: Braima Sigá

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