ASSOCIAÇÃO DOS CEGOS PASSA POR DIFICULDADES E TEME QUE SERÁ OBRIGADA A FECHAR AS SUAS PORTAS
O Presidente da Associação Guineense de Reabilitação e Integração dos cegos “AGRICE” teme que, nos próximos tempos, a sua organização poderá ser obrigada a sessar as suas atividades ao nível do país.
Pedro Cabral diz que isso poderá acontecer porque atualmente não têm condições necessárias para dar o tratamento condigno às pessoas com cegueira.
Para que isso não aconteça, Pedro Cabral diz que é urgente e imperativo que as autoridades nacionais construam uma residência capaz de oferecer “estas tristes crianças que o exercício imperioso da natureza tornou-as pessoas limitadas”.
“Para compensar esta realidade que enfrentam, devemos criá-las condições necessárias, porque caso contrário acreditamos que vamos pôr o fim à existência da AGRICE a sua nobre função que desempenha ao longo dos anos”, adverte.
Pedro Cabral diz ser triste quando o Estado e o governo não têm a consciência de que isto é apenas a sua responsabilidade, e quando está a ser exercida por outros.
“É preocupante para quando o período de ano terminar e, continuarmos a pagar rendas quando não temos a capacidade financeira de pagar o aluguel da casa onde agora estamos”, disse.
Na mesma ocasião, o presidente de AGRICE pede a sociedade guineense para não descriminaram as pessoas com deficiência, porque todos nascem iguais perante a lei.
“ (…) De forma injusta para compreender a nossa situação são de sentimentos da dor, da mágoa e de tristeza. Sentimentos perversos outrora dos nossos irmãos interpretando-nos em diferente escala da sociedade de sermos diferentes”, lamenta.
Pedro Cabral falava, hoje, nas atividades comemorativas dos 26 anos da AGRICE que culminou com a inauguração de um novo lar provisório e o lançamento da campanha de angariação de fundos para apoiar crianças com deficiência visual.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Diana Vaz
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