APU PDGB CONTRA REMODELAÇÃO GOVERNAMENTAL PEDE PRESIDENTE PARA VOLTAR ATRAS DA DECISÃO
A Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau denuncia que a decisão da remodelação governamental é foi uma iniciativa unilateral do presidente da República, e por isso responsabiliza o presidente pelas futuras consequências que poderão advir.
Em comunicado emitido, quase 24 horas depois da publicação dos decretos da remodelação governamental, a APU PDGB, em nota, informa que a decisão não partiu do primeiro-ministro, Nuno Gomes Na Biam. Esta denúncia vem contrariando o teor do decreto presidência que informa que a remodelação é sob a proposta do primeiro-ministro.
Portanto, responsabiliza o presidente pelas futuras decisões e, segundo a nota, violações unilaterais e sistemáticas, sem respeito aos compromissos políticos assumidos, aquando da formação do atual governo, cujo objetivo seria de garantir a estabilidade sociopolítica da Guiné-Bissau.
Na mesma nota que a RSM tem em mãos, a APU avisa que não abdica das suas conquistas políticas e democráticas no âmbito do atual governo de coligação.
A APU lembra que a política é um ato nobre que deve ser exercido com base nos valores de compromisso, citando que “palavra dada é palavra honrada”, e alerta que na Política a traição paga-se caro, e tem sido fator de principais desavenças e consequentes instabilidades governativas que assolam a Guiné-Bissau.
A organização política liderada por Nuno Gomes Na Baim exorta o presidente da República a reconsiderar a sua decisão de remodelar a configuração do atual governo, tendo em conta os sucessivos desvios, violações, unilateralidades, e a ausência de consensos na tomada de decisões importantes, na esmagadora maria de vezes, em flagrante violação das leis e do sagrado princípio de separação de poderes.
Esta poderá ser mais um capítulo de tensão política entre o presidente da República e o primeiro-ministro que a pouco dias informa que a sua desavença política com o Presidente estaria ultrapassada.
Em análise a mais um capítulo político, o comentador da Rádio Sol Mansi, Rui Jorge Semedo, disse que esta decisão poderá abrir situações sem precedentes para a Guiné-Bissau.
Amanhã de manhã está marcada a posse dos ministros nomeados nesta remodelação. Rui Jorge Semedo disse que é preciso tomada de cautelas para que o país não caia em situações de instabilidade vivida nos últimos tempos na nossa cota da África.
No entanto, hoje, deveria ter lugar o conselho de ministro que a princípio deveria ser presidido pelo presidente da República que acabou por cancelar a sua presença, mas a reunião acabou por não acontecer, segundo fontes, devido ao desentendimento a volta da remodelação governamental.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
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