POPULAÇÃO DAS ILHAS SEM ESCOLA E CENTRO DE SAÚDE

A população da ilha de Caravela, pertencente a Bubaque, vive em total isolamento, porque não existem meios de transportes suficientes e de qualidade. Há anos está sem hospitais ou centros de saúde.

Para sobreviver a população vive à sua própria sorte, e, em caso de doença, é obrigada a deslocar-se até Bissau ou arriscar-se a percorrer longas distâncias até a ilha de Formosa, onde fica um centro de saúde mais próximo que também carece de meios para funcionar.

Segundo o porta-voz do poder tradicional, Domingos Jorge Sorri, em entrevista à Rádio Sol Mansi, a situação é mais preocupante em caso de grávida ou de doente em estado grave.

“Aqui estamos a viver sem atenção das autoridades. Estamos sem centro de saúde e em caso de necessidade é mais fácil ir à Bissau, mas por vezes nem conseguimos chegar ao hospital e corremos series risco de vida. As nossas grávidas descolocam-se quilómetros para a consulta médica e para o parto, isso é muito triste”, lamenta o representante do poder tradicional.

O porta-voz informa ainda que a ilha só tem uma escola a funcionar e foi reabilitada pela Organização Não Governamental “ONG Tiniguena”.

“Uma escola aqui é construída desde a época colonial e há anos foi reabilitada por uma organização guineense “Tiniguena” e isso foi na sequência de vários pedidos feitos pela própria população”, explica Domingos Jorge Sorri.

Diante de toda esta situação, o porta-voz, embora sem saber a quem dirigir a sua preocupação, pede que a situação seja resolvida com brevidade.

“Já não sabemos a quem recorrer, porque já fizemos vários pedidos e ninguém nos ouve”, disse Sorri.

No país, várias zonas estão sem centro de saúde, escolas ou infraestruturas necessária o facto tem sido criticado pela população e varias promessas políticas foram feitas e a maioria ainda está por concretizar-se.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos