LANÇADO PROJECTO DE EMPODERAMENTO PARA O FIM DA PRÁTICA DE MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA

 

A Associação para a Cooperação sobre População e Desenvolvimento lançou esta quarta-feira (12 de Julho) em Bissau, projecto de parceria e cooperação com o Comité Nacional para o Abandono das Práticas Tradicionais no domínio da capacitação para igualdade e empoderamento para o fim da Mutilação Genital Feminina.

O objectivo do Projecto é centrado na igualdade e empoderamento das meninas e mulheres, na promoção do abandono da mutilação genital feminina e dos casamentos infantis e forçados, mas também na promoção e defesa da escolarização das meninas e raparigas, bem como o acesso a cuidados e serviços de protecção social.

A Presidente de Associação para a Cooperação sobre População e Desenvolvimento, Graça Campinos Poças, disse que precisa de investir e divulgar mais as alternativas e apresentar soluções.

«Á luz de todos os compromissos, acordos e resultados, precisamos de investir e divulgar mais as alternativas e apresentar soluções. Estamos juntas para que os resultados sejam alcançados, quer na Guiné-Bissau ou em Portugal onde, como sabem, existe uma larga comunidade guineense. A Mutilação Genital Feminina e violência baseada no género são passos necessários na concretização dos direitos humanos das meninas e jovens e um contributo decisivo para alcançar a agenda 2030 de desenvolvimento sustentável, alicerçada na igualdade de género e direito ao desenvolvimento».

Para Fatumata Djau Balde, este projecto vai contribuir para a eliminação da prática de mutilação genital feminina no país, aumentar e assegurar a manutenção das meninas nas escolas, reduzir a prevalência dos casamentos infantis e forçados entre outros como práticas tradicionais e culturais a que varias crianças e jovens raparigas do mundo inteiro especialmente da Guiné-Bissau estão submetidas.

O dado da UNICEF, segundo Djau Balde, a África situa-se na 2ª posição contendo a taxa mais elevada dos casamentos infantis no mundo depois Ásia. “ Dos 41 países no mundo com uma taxa acima dos 30% de casamentos infantis, 30 deles são países Africanos. Esta taxa regista-se mais na africa ocidental e central onde duas em cada cinco meninas são dadas em casamento antes de atingirem a maioridade”, sublinha. 

Este projecto é denominado, projecto de capacitação para igualdade e empoderamento de agentes chaves das comunidades para o fim da Mutilação Genital Feminina e casamento infantis e forçados, promoção da educação, saúde e direitos no quadro da agenda 2030 e outros compromissos assumidos em matéria de desenvolvimento e direitos humanos.

Por: Bíbia Mariza Pereira

 

                              

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