FUNCIONÁRIOS DA ORANGE BISSAU SUSPENDEM A GREVE DE 15 DIAS
Os funcionários da empresa privada de telecomunicação móvel “Orange Bissau” suspendem a segunda onda de greve que deveria começar hoje, terça-feira, e durante 15 dias, dando o benefício de dúvida ao patronato
A greve foi suspensa depois do pedido do patronato, da Agencia Reguladora Nacional (ARN) e da Secretaria de Estado das Telecomunicações.
O porta-voz dos funcionários, Alberto Djata, disse que a greve já havia iniciada às 10 horas de hoje mas 30 minutos depois foi suspensa devido as diligências das últimas horas por parte da direcção-geral.
“Os contactos estão a ser feitos pela direcção para que possamos negociar. Então avaliamos e entendemos que devemos suspender para voltar a mesa das negociações”, afirma o porta-voz que adianta ainda que as duas partes deverão retomar as negociações no próximo dia 24 (quarta-feira) e depois deverão ser estudadas as nossas exigências.
Alberto Djata revela ainda que desde a primeira greve houve ameaças potentes por parte de a direcção-geral da empresa Orange que dizem que alguns funcionários não devem participar nestas greves.
“Entendemos que é ameaça à liberdade dos funcionários por isso nós pensamos que a Orange deve entender a revindicação dos seus funcionários. Durante nove anos só agora estamos a reclamar. Penso que o patrão deve entender isso”, adianta.
Ainda sobre o mesmo assunto a RSM ouviu alguns populares de Bissau que manifestaram a sua insatisfação com as paralisações na rede que “cria constrangimentos” e pedem a resolução imediata deste impasse.
A primeira greve, iniciada no dia 9 corrente, levou a paralisação dos serviços de comunicação dos utentes da Orange Bissau a nível nacional por quase 48 horas.
Os funcionários exigem melhores condições laborais, reajuste salarial e igualdade de regalias com os da companhia que opera a nível nacional.
No país existem duas empresas de telecomunicações a operarem activamente e ambas são privadas.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Iasmine Fernandes
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