AIRHOMAR DENUNCIA QUE 150 AGÊNCIAS MARÍTIMAS ESTÃO A OPERAR ILEGALMENTE NO PAÍS

A ONG “Amigos Irmãos dos Homens do Mar” (AIRHOMAR) denuncia a existência de mais de 150 agências marítimas sem escritórios, sendo a maioria com escritórios somente nas pastas, viaturas ou nas residências.

A denúncia foi feita, hoje, numa conferência de imprensa onde se acusou também a empresa Bissau Group, que representou um navio estrangeiro sem licença de agenciamento e que tem vindo a negociar com outra agência “JOSEMAR Lda” para assinaturas de contratos com os tripulantes guineenses.

O Secretario - Geral da AIRHOMAR, Januário José Biague, disse que estas agências estão a roubar daqueles que estão à procura de um emprego a bordo dos navios, para assegurarem as suas vidas.

“Na Guiné-Bissau, a melhor forma de enriquecer é de se refugiar na política e no sector marítimo guineense, razão de constatar a existência de mais 150 agências marítimas cuja a maioria sem escritórios, mas somente nas pastas, nas viaturas ou nas residências, praticando o roubo aos coitadinhos jovens a procura dos seus primeiros empregos a bordo dos navios para assegurar vidas, entendendo que são beneficiários infelizmente tornam-se pobres e os agenciadores se enriquecem”, denuncia.

Segundo o responsável, para o embarque o marinheiro é obrigado pagar 550.000 a 600.000 francos cfa, enquanto que o salário mensal é de 413.016 cfa “incluindo a falta de sono, o trabalho bruto e é muito miserável”.

Januário José Biaguê denunciou ainda que um cidadão nacional representou um navio estrangeiro no qual embarcou mais 48 marinheiros nacionais, entre os quais alguns sem contratos assinados, e outros com contractos sem assinatura da agência consignatário.

“Após o término de contractos em dezembro de 2021, além dos marinheiros não beneficiarem dos seus direitos plasmados na convenção 166 sobre o repatriamento (salário, bilhete de avião) são obrigados a viajar via terrestre de Dakar para Bissau, e chegados à Bissau não foram pagos pela agência, sustenta.

O AIRHOMAR apela ao ministério dos Transportes a engajar-se “seriamente” e reorganizar o sector dos transportes marítimos e a consequente reposição da legalidade pelas autoridades marítimas.

No entanto sobre estas acusações, a Rádio Sol Mansi tentou por várias tentativas de chamadas telefónicas e mensagens enviadas falar com as empresas acusadas de ilegalidade marítima, mas não tivemos a resposta.

 

Por: Bíbia Mariza Pereira

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